
Em dia histórico nas Olimpíadas de Tóquio, Brasil é prata no individual geral na ginástica artística com Rebeca Andrade, e bronze com a judoca Mayra Aguiar, que já subiu três vezes ao pódio em Jogos Olímpicos, com vitórias em Londres 2012 e Rio 2016.
As atletas vieram de um longo processo de recuperação por lesões no joelho. Mayra teve uma lesão grave e conseguiu se recuperar a tempo para as Olimpíadas. Já Rebeca rompeu o ligamento cruzado do joelho, passou por três cirurgias, e ficou fora de três campeonatos mundiais.
Recuperada da lesão, Rebeca conquistou medalha de prata em uma competição que consagra as melhores ginastas do mundo. Em entrevista ao repórter do Band Sports, Elia Junior, ela conta que sua história é um processo de superação, e afirma que sempre voltava melhor após o período de recuperação, pois não olhava para as dificuldades de forma negativa, mas como algo que a fez crescer.
Natural de Guarulhos (SP), a ginasta que passou dificuldades financeiras na infância, começou no esporte aos 10 anos de idade, e aos 17 participou de sua primeira Olimpíada no Rio de Janeiro, onde se destacou ao se apresentar ao som de "Single Ladies", da cantora Beyoncé.
Em Tóquio, a encantadora ginasta trocou o pop da cantora americana pelo funk ‘Baile de Favela’, do cantor MC João, para a apresentação de seu excepcional solo, que emocionou, não apenas quem estava no local, como a todos que acompanharam a transmissão.
Em seu perfil no Twitter, Nadia Comneci, considerada uma das maiores ginasta mundial, conquistou nove medalhas olímpicas, sendo cinco de ouro, parabenizou Rebeca pela conquista em Tóquio: "Tão orgulhosa de você e de sua equipe pelo trabalho árduo e dedicação...Você fez história", afirmou.
Rebeca reconhece que não chegou ao pódio sozinha e agradece a todos que estão ao lado dela em todo esse período de superação, recuperação e aceitação. “Eu sou grata por tudo o que eu fiz aqui hoje. Por todas as pessoas que me ajudaram a chegar até aqui, eu não cheguei aqui sozinha, eu tive todas as pessoas aqui me ajudando, e muita ajuda de Deus no lado espiritual. Se as pessoas me veem gigante é porque Deus é gigante na minha vida, e eu tenho pessoas gigantes ao meu lado também”, comemora.
Quanto as cobranças que os atletas sofrem, ela relata que é acompanhada por uma psicóloga, que foi essencial em todo período pós-cirúrgico quando precisou se afastar dos treinos e campeonatos. Para Rebeca é admirável a postura da ginasta Simone Biles que se afastou, como ela mesmo afirmou em entrevista, para se concentrar em sua saúde mental.
Rebeca entende que Simone, além de ser cobrada, também se cobra muito por não querer errar. “Só que as pessoas têm que entender que nós não somos um robô, nós somos atletas, somos seres humanos e tem que respeitar esse nosso lado também. Então eu fiquei muito orgulhosa dela (Simone) ter tido essa atitude, ter pensado nela primeiro, em vez de pensar em qualquer outra pessoa”, disse.
E o Brasil se destaca pelo nível de seus atletas. Merecem destaque todos os medalhistas. São eles: Kelvin Hoefler, medalha de prata no skate street; Daniel Cargnin, bronze no judô; Rayssa Leal, prata no skate street feminino; Ítalo Ferreira, ouro no surfe e Fernando Scheffer, bronze nos 200 m livre na natação. Seguimos na torcida por nossos atletas.
Fonte: Agência Brasil, Perfil Rebeca Andrade, Mayra Aguiar e Band Sports
Imagem: Perfil Rebeca Andrade
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