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Comércio eletrônico em alta durante a pandemia

Foto do escritor: Márcia CasaliMárcia Casali

Há um ano a população vive um dos maiores desafios da humanidade, uma pandemia infecciosa que afeta a saúde física e emocional, além de atingir a economia tendo em vista os inúmeros decretos que restringe o funcionamento do comércio, além da liberdade de ir e vir.


Em algumas cidades, bares e restaurantes estão funcionando em sistema drive-thru, delivery e take-out, sendo vedado o ingresso do público. Dentre os mais atingidos pelas restrições estão os vendedores ambulantes, com as proibições, muitos se arriscam para garantir o alimento na mesa.


As medidas tomadas pelos governadores e prefeitos tem como justificativa, questionável, evitar a proliferação do Covid 19, uma vez que as taxas de transmissão estão aumentando. Para às Micro e Pequenas Empresas, que dependem das vendas do dia a dia para fechar as contas no fim do mês, fica a preocupação: contrair dívidas ou encerrar o negócio. Muitos se veem obrigados a demitir seus funcionários.


De acordo com especialistas, o momento exige calma e criatividade dos comerciantes. Dentre as alternativas, muitos estão migrando para o comércio eletrônico (e-commerce). “O comércio não presencial, na modalidade eletrônica, continua como um grande diferencial em relação ao ano anterior. Exibindo média de vendas em torno de 39.6% superior ao montante diário do ano passado”, explica o secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto.


Empresa digital


Para quem está pensando em montar uma empresa deve atentar-se ao mercado digital, um nicho promissor que está em notável crescimento; em especial nesse momento de restrições como lockdown e toque de recolher.


Vale lembrar que a empresa digital exige a mesma dedicação de uma presencial, assim como garantir a segurança nas formas de pagamento, e cumprir os prazos de entrega. Muito antes da pandemia o e-commerce já não era novidade, mas apresentou um crescimento de 75% no último ano.


Vivian Cardoso buscava um trabalho em que pudesse dar mais assistência ao filho. A ideia de tornar-se uma empreendedora digital surgiu após anos trabalhando no faturamento de uma grande empresa. Formada em Administração, além da vasta experiência na área percebeu uma oportunidade de abrir o seu próprio negócio, e o resultado veio com a criação de um perfil nas redes sociais: Vivian Fernanda (Revendedora).


Antes da pandemia Vivian trabalhava com um marketing estratégico forte, pois competia diretamente com as lojas, e hoje ele percebe que o comportamento das consumidoras mudou por diversos motivos, entre eles a praticidade e a preocupação com a saúde.



“Empreender é uma jornada de superação e desafios, e uma dica é trabalhar com algo que faça parte do ideal de vida de cada pessoa”, aborda Vivian que viu grandes oportunidades no comércio eletrônico, algo que provavelmente não mudará no mundo pós-pandemia.


Vale lembrar que o e-commerce foi um dos setores que não sofreu com o isolamento social, e de acordo com especialistas apresentou um crescimento que era esperado somente para daqui a dez anos.



Gastronomia afetiva

A chef de cozinha, com pós em Gastronomia Internacional, Ellen Tissiana, conta que como empreendedora, esteve à frente do Café Sião por uma década. O nome é em homenagem a sua cidade, Monte Sião/MG, conhecida como a Capital Nacional do Tricô.


Anualmente a cidade atrai milhares de turistas, em especial no inverno, para a compra de roupas, além dos eventos como o Festival de Inverno e a Trilha das Malhas. Ellen afirma que ano passado, mesmo com a pandemia, Monte Sião teve um inverno satisfatório e lucrativo. “O prefeito daqui conseguiu conciliar tudo com muita segurança para a vinda dos turistas, então a gente trabalhou super bem”, diz.



Ela se considera uma pessoa adaptável e gosta de inovar, tanto que no dia dos namorados a chef organizou um jantar especial em um hotel da cidade. Os casais eram recebidos com música e encaminhados para os quartos onde o jantar era servido.


E foi nesse período que veio o convite para assumir a cozinha da Choperia Marca 44, local conhecido pelo ambiente acolhedor e serviço personalizado. A casa cabe 40 pessoas e todo protocolo é realizado - mesas afastadas, álcool em gel e uso de máscara. Mas a cidade acaba de entrar na fase roxa, o que levou a migrar para algo novo: o delivery.



Em um momento de distanciamento onde as pessoas estão dentro de casa e não podem se reunir com familiares e amigos, Ellen trabalha com a “gastronomia afetiva”, que oferece carinho, amor e gratidão em forma de comida. Caso alguém deseje homenagear a mãe, ou um amigo, por exemplo, o cliente realiza o pedido que é enviado ao endereço de entrega, acompanhado com um bilhete com mensagens motivacionais.


“Eu sempre enfrentei os problemas. Nunca tive medo da pandemia, nunca fiquei sem trabalhar um dia. Lógico que temos dificuldades como todos, mas estamos conseguindo. Não é momento de pensar em lucros, mas é o momento de pagar contas”, afirma Ellen.


Da Paulista para a web

Formada em moda, Ariane Alves Pereira, adquiriu experiência trabalhando com visual merchandising, uma estratégia que combina marketing e comunicação visual. Aguardando por uma promoção, que nunca acontecia, a jovem buscou novas oportunidades e resolveu fazer um novo curso: Moda Pet.



Bastou publicar uma foto nas redes sociais de seus bichinhos de estimação usando bandanas que os pedidos começaram a surgir. Nasce então a marca pet ‘Trapinhos & Afins’, e a lojinha de rua na Avenida Paulista. Ariane destaca que, o ‘Trapinhos’ é um apelido carinhoso que ela chama os bichinhos que encontra nas ruas, já o ‘Afins’ é a união de criar peças e acessórios, e contar a história de pessoas que amam os animais, assim como ela.


“Nunca foi um sonho ter o meu próprio negócio, afinal eu amava muito o meu trabalho. Mas eu percebi que era exatamente isso que eu queria, e precisei ser corajosa e decidir qual era o próximo passo da minha vida, então pedi demissão da empresa”, relembra.



De acordo com Ariane foram anos na Paulista. Muito trabalho, muitos clientes e novos amigos, até que a pandemia chegou, e com ela milhões de dúvidas, medo e incertezas. “E agora, por onde eu começo novamente?”.


Na lojinha era necessário muitas peças a pronta entrega. Por conta da pandemia Ariane mudou o foco e investiu nas vendas online, oferecendo peças sob encomenda, exclusivas e personalizadas, como a linha de produtos de enriquecimento ambiental. Uma experiência que a aproximou ainda mais de seus clientes.



“A linha de enriquecimento ambiental para os pets é um tapete que os deixam mais equilibrados. Uma maneira de aflorar os seus extintos, além de ajuda-los a comer mais lento, a farejar, e aliviar o estresse”, comenta Ariane, que mesmo diante das dificuldades e desafios não deixa de acreditar e investir na empresa.



Imagens: arquivo pessoal e divulgação.




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Contato: marciacasalli@gmail.com

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©2021 por Jornalista Márcia Casali.

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