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Doces lembranças

Foto do escritor: Márcia CasaliMárcia Casali

Atualizado: 26 de ago. de 2022



Eu daria tudo que tivesse

Pra voltar meus tempos de criança

Eu não sei por quê que a gente cresce

Se não sai da mente essa lembrança

...Eu era feliz e não sabia

Hoje o tema será diferente, leve e com uma pitadinha de saudosismo. Quero voltar a infância, tempo de alma leve e coração doce, quando nos divertíamos com as pequenas coisas da vida. Feliz quem guarda as belas lembranças e tem histórias para contar. E viajar no tempo nos remete até aos cheiros e sons.




E por falar em doces, quem lembra da “venda da esquina”? Saudades dos tios que nos atendiam com paciência de Jó, pois as moedinhas eram poucas para as variedades de doces, balas, pirulitos e refrigerantes. Muitos tentam esconder a idade, mas os olhos brilham quando questionados se já tomaram os refrigerantes Crush e Grapette.


O coleguinha era considerado ‘rico’ se o saquinho de doces tivesse variedades. E que saudosas variedades, como o guarda-chuva de chocolate, o doce de banana no copo, a chupeta de açúcar, o doce de abóbora de coração, o Dadinho - que era o preferido da criançada, e a Bala Soft que veio para provar que não apenas os gatos têm sete vidas. Quem nunca se engasgou com a Soft não sabe o que é uma infância com fortes emoções.


Venda da esquina

Felizmente algumas vendinhas permanecem em funcionamento, dando a impressão que estamos diante de um Museu dos Doces. Merece destaque a Bomboniere Cruzeiro, localizado em Brasília-DF. Um ponto de referência que recebe diariamente moradores e turistas, todos com o objetivo de matar a saudade da infância.

Impossível não se emocionar diante das vitrines coloridas. Tudo muito bem organizado de forma a possibilitar que os pais possam mostrar aos seus filhos os deliciosos e inesquecíveis doces de sua infância. De acordo com o proprietário, Pedro Honório, a loja é frequentada por adultos, que vão em busca de produtos antigos e assim relembrar os tempos de criança.


Um dos clientes visita à loja semanalmente com seu filho, que ficou confuso ao ouvir o pai se dirigir ao proprietário como “Doutor Pedro”. Curioso o menino quis saber o motivo, já que é uma loja de doces. “O pai explicou ao filho, que me chama de doutor por eu conhecer tudo sobre doces, em especial os mais antigos”, comenta.

Esses passeios devem ser valorizados pelas famílias, pois permite interagir em diferentes situações, não apenas brincando ou durante as refeições. E assim vivenciar momentos especiais, repletos de carinho e afeto, algo que ficará para sempre na memória, não só dos filhos, como de seus pais. O que certamente irá se repetir nas próximas gerações.


Seu Pedro conta que trabalhou durante muitos anos no Banco do Brasil, mas abandonou a carreira e voltou com a família para o Ceará, onde decidiu vender doces. A princípio a esposa não acreditou, mas o projeto, que iniciou com um carrinho de madeira com pneus de bicicleta, completou 35 anos.

Ele tem o apoio da filha Samara, que herdou do pai conhecimento e simpatia. Com orgulho, seu Pedro apresenta produtos que existem há mais de 90 anos e afirma que não é fácil encontrá-los, mas se emprenha para que não falte em sua loja.



“Me sinto muito feliz com o que eu faço. Aqui não é por dinheiro, é pela conversa que nós estamos tendo agora, por exemplo”, afirma seu Pedro. Ele mostra com emoção uma caixinha de madeira onde guardava moedas e cédulas de dinheiro na época que andava pelas ruas empurrando seu carrinho de doces.




Fonte: Meus Tempos de Criança – Música: Ataulfo Alves

Imagens: Blog Areia Branca é nossa; Bomboniere Cruzeiro e divulgção





















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Contato: marciacasalli@gmail.com

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©2021 por Jornalista Márcia Casali.

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