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Por que querem destruir o Brasil?

Foto do escritor: Márcia CasaliMárcia Casali


Diante da crise que atinge o país no enfrentamento ao Covid-19, observa-se uma movimentação estratégica por parte da grande imprensa, artistas e políticos com o intuito de transferir a responsabilidade ao Governo Federal, mesmo com todo apoio e envio de recursos para os estados e municípios.


Criam e espalham narrativas, mesmo tendo conhecimento de todo trabalho desenvolvido. Tais articulações demonstram que a campanha eleitoral não cessou com a vitória do governo atual, e gera a dúvida se toda essa ‘manifestação’ é realmente pelas vidas.


Vale lembrar que em fevereiro de 2020, mesmo sem casos confirmados no Brasil do Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro decretou “emergência de saúde pública em território nacional”, tendo como base o avanço da doença na China, que na época já registrava 20 mil casos de infectados e 426 mortes, além dos países que reportaram casos de infectados.


Em março o Presidente Jair Bolsonaro assinou a Medida Provisória n° 926, de 2020 de ‘Procedimentos para aquisições destinadas ao enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus’. No mês seguinte liberou R$ 16 bilhões para Estados e municípios e R$ 9,4 bilhões para saúde.


No mesmo período o Partido Democrático Trabalhista (PDT) entra com ação no Supremo Tribunal Federal (STF), e acusa o Governo Federal de cercear o poder dos governadores e prefeitos na atuação contra a epidemia ao editar a MP que concentra poderes em si. Para o partido, a Presidência da República definiria quais atividades eram essenciais e não poderiam ser suspensas.


Em sessão realizada por videoconferência, de forma unânime, os ministros do STF reafirmaram o poder de governadores e prefeitos para determinar medidas restritivas durante a pandemia do novo coronavírus. A decisão determina que estados e municípios possam definir quais são as atividades que serão suspensas e os serviços que não serão interrompidos.


CPI da Covid


Em conversa com apoiadores, na última quinta-feira (18), o presidente Bolsonaro comentou que a pandemia virou uma guerra contra o seu governo.


“Por que existiu o lockdown? Foi em março e abril. Não era para alongar a curva? O pessoal não fala mais em alongar curva. Não era para alongar a curva para não ter uma grande quantidade de pessoas infectadas, para não ficar gente na porta do hospital?”, indaga o Presidente que lamenta as mortes, e ver a população sofrendo com o desemprego.


Nessa perseguição, destaca-se a CPI da Covid (Comissão Parlamentar de Inquérito), que a princípio seria para investigar, apenas, ações do governo federal no enfrentamento da pandemia, solicitado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Mas o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), entrou com outro requerimento para investigar a aplicação de recursos federais por estados e municípios no combate à pandemia.


Vale destacar que, dentre as ações do Governo Federal estão os 64 bilhões para auxiliar estados e municípios no combate à Covid-19. O repasse garante aquisições de equipamentos e insumos para o fortalecimento de estrutura do SUS. Observa-se que, com esse valor daria para construir 640 hospitais, com 128 leitos de UTI de ponta, o que geraria mais de 80 mil UTIs.


A Secretaria de Comunicação do Governo, diariamente divulga dados das ações e entregas como:

  • Distribuição de mais de 19 mil leitos de UTI para Covid-19, com autorização sob demanda dos estados;

  • Aquisições internacionais de medicamentos, via Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e pregões eletrônicos nacionais;

  • Mais de 36 milhões de doses de vacinas entregues aos estados;

  • Montagem de 37 mil salas de vacinas no país, com capacidade para vacinar até 2,4 milhões de pessoas por dia;

  • Suporte a estados e municípios de concentradores de oxigênio, com isotanques em voos diários da Força Aérea Brasileira para diversos locais;

  • Distribuição, pelas Forças Armadas, de medicamentos do kit intubação para Covid-19, além da distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Lockdown

A oposição parece encontrar no Supremo um fio de esperança para travar as ações do governo. Por último surge uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) que o PCdoB e Psol protocolaram, na sexta-feira (16), no STF para exigir lockdown em nível federal.


Os partidos acusam o presidente Bolsonaro de omissão, e o comparam ao nazista, general Francês Philippe Pétain. A peça é assinada por advogados, dentre eles, Tarso Genro, ex-ministro da Justiça no governo Lula. Os partidos exigem, ainda, que os negócios afetados sejam beneficiados com “uma compensação razoável”.


Os partidos e advogados parecem desconhecer o direito de ir e vir – e trabalhar, que está no Artigo 5ª, Inciso XV da Constituição.


Um estudo na Inglaterra vai na contramão do que afirmam os especialistas, além das práticas adotadas pelos governos em todo o mundo, e mostra que a maioria dos casos de contaminação ocorre dentro de casa (77,4%). O que prova que a medida é uma violação desnecessária das liberdades da população.


O “fique em casa” é fácil para quem tem mensalmente o salário depositado na conta, auxílio alimentação, plano de saúde, dentre muitos outros benefícios. Mas para aqueles que necessitam sair de casa para trabalhar, seja em suas empresas, comércio ou os vendedores ambulantes, sabem o prejuízo incalculável que sofrem.


Há mais de um ano a população já conhece as formas de evitar a contaminação e os cuidados que devem ser tomados. De acordo com especialistas, deve-se investir em campanhas de conscientização, além de manter os protocolos exigidos, e assim manter a economia aberta e preservar vidas.


Prejuízos no comércio de Suzano


O fechamento do comércio prejudica a população, o setor produtivo, e gera instabilidade nos negócios. Desde 1979, Nelson Pacheco, trabalha com a família na SATIE Escola de Cabeleireiros e Similares, localizada na área central de Suzano/SP.

Ele conta que fecharam as portas em março de 2020 e reabriram em setembro. Dos onze colaboradores foi necessário dispensar seis.


“O prejuízo foi grande, pois não tínhamos entradas financeiras diárias de balcão. 90% dos alunos pararam de pagar as mensalidades. Onde 40٪ desistiram do curso, e os outros 60% tivemos que remanejar os pagamentos atrasados para 30 dias após o último, isso sem juros e mora”, explica Pacheco.


A escola funciona em um espaço de 1000 mt², e o proprietário quis receber o aluguel integral. Após negociações foi dado um desconto. Parte do valor foi abatido com uma moto que custa R$ 12.000 reais – sendo entregue por R$ 8.000, e o restante dividido em 8 parcelas.


O empresário lamenta, pois estão novamente com a escola fechada, e por isso dispensaram os funcionários para poder “levantar” o FGTS e o seguro desemprego. “Vamos ficar somente com três, pois até agora não recebemos nenhuma mensalidade dos alunos, e não temos certeza que todos voltarão, sem contar que o aluguel o proprietário já disse que não terá desconto”.


Segundo o empresário, as medidas restritivas na cidade não funcionam, e que o efetivo de fiscalização é muito pequeno. Há encontros, bailes, e festas em sítios e chácaras, ou seja, a aglomeração continua.


Com orgulho, Pacheco fala sobre as conquistas, já que por meio da escola foi possível gerar novos empreendedores, e profissionais qualificados no mercado de negócios, tais como: cabeleireiros, manicure e pedicure, barbeiros, esteticistas corporal e facial, depiladora, maquiadora, dentre outros. Um trabalho que visa a área social, pois os serviços são de valores baixos, como o corte a R$ 5,00 reais.


“Temos uma clientela há mais de 42 anos que nos acompanham. São crianças, jovens, idosos, e portadores de necessidades especiais. Talvez seja isso que nos incentive a permanecer funcionando. Pela razão fechamos, pela fé continuaremos abertos pela Graça de Jesus”, finaliza Pacheco que acredita na restituição de tudo o que foi perdido.



Fonte: Portal do Congresso Nacional; Agência Brasil; Portal STF, Portal da Transparência e medrxiv.org.

Imagens: Divulgação





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Contato: marciacasalli@gmail.com

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©2021 por Jornalista Márcia Casali.

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