
Mesmo sem a presença do presidente Jair Bolsonaro, que estava em tratamento em um hospital em São Paulo, por sequelas da facada sofrida em setembro de 2018, milhares de motociclistas ocuparam as ruas da capital amazonense. O percurso, que teve início na Avenida do Turismo, na zona oeste da cidade, região próximo ao aeroporto de Manaus, passou pela ponte do Rio Negro com destino a praia de Ponta Negra.
Mais uma demonstração de apoio ao presidente da República, e em defesa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, que torna o Voto Impresso Auditável obrigatório, algo que a oposição tem se mobilizado para tentar derrubar.
De acordo com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, as urnas eletrônicas não apresentam insegurança no processo eleitoral, e em nota afirma que, desde 2016 quando as urnas foram implantadas, não houve episódio de fraude. Em contrapartida um hacker está preso por invadir o sistema do TSE.
Insegurança nas redes
Na manhã desse sábado (17), o deputado federal, Filipe Barros, relator da PEC do Voto Auditável, solicitou ao Ministro da Justiça, Anderson Torres, e ao Secretário de Segurança de Minas Gerais, Rogério Grecco, proteção especial ao hacker, Marcos Roberto Correia da Silva, conhecido como Vandathegod.

Marcos está preso por invadir o sistema do TSE nas eleições municipais do ano passado, motivo pelo qual o resultado foi interrompido. “Algumas pessoas foram presas, dentre elas um hacker que está preso em Minas Gerais. Eu e minha equipe fomos lá falar com ele, onde ele pode nos relatar como foi fácil invadir os sistemas do TSE, explica o deputado”.
Durante a conversa, Marcos afirma a facilidade em invadir o sistema do TSE, mas garante que o ato foi apenas um protesto, sem intenções de roubar informações ou prejudicar alguém. Ele invadiu o site e repassou informações para outra pessoa. Vale lembrar que em 2019, Marcos foi preso por invadir os sites da Polícia Civil de Minas Gerais, do Ministério Público de Minas Gerais, do Tribunal de Justiça de Goiás e do Exército Brasileiro.
"Eu sou um dos que invadiu o sistema do Serasa e vazou 220 milhões de dados da internet (…) acesso aos dados dos eleitores como: nome, CPF, voto, RG e dados biométricos. Ocorre em uma falha, a gente injeta códigos malicioso e através desses códigos a gente consegue manipular o site, puxar nome de usuário e senha de administradores. No DDoS, a gente juntou 30 mil máquinas infectadas, montou uma rede zumbi e atacou", relata Marcos .
O TSE admite esses ataques, ao mesmo tempo que alega que nada poderia afetar os sistemas das urnas eletrônicas, apuração, segurança e integridade dos resultados de votação. Algo que Marcos discorda, pois tudo que é conectado a internet é vulnerável, e afirma que, com recursos necessários, conseguiria invadir o sistema eleitoral, alterar votos e manipular a votação.
“Nos Estados Unidos, numa conferência de hachers, que chama DefCon, já comprovaram que existe sim, falhas de cibersegurança nas urnas eletrônicas”, afirma Marcos, que revela ter manipulado o código e realizou ataques com a ajuda de seis hachers, entre eles pessoas do Irã.
Voto Auditável

Enquanto oposicionistas se articulam para derrubar a PEC do voto auditável, a população organiza manifestações por transparência no sistema eleitoral com voto impresso auditável e contagem pública dos votos, e responsabilidade com o dinheiro público.
De acordo com a deputada federal, Carla Zambelli, um artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovado na Câmara, que ampliou o valor do Fundão Eleitoral de 1,7 para 5,7 bilhões de reais, destinados às legendas partidárias, era uma reserva que seria destinado a aquisição de urnas e impressoras modernas, e assim garantir um resultado confiável das urnas em 2022.
A extrema imprensa em sua costumeira forma de criar e articular narrativas, faz malabarismos para esconder a verdade da população. De acordo com o dentista, Alexandre Ramos de Toledo, a motociata de Manaus levou milhares de pessoas as ruas, mas a mídia afirma que não houve apoio popular. A princípio o ato chegou a ser suspenso, mas foi mantido em solidariedade ao presidente.

“É claro que a velha mídia coloca que foram poucas pessoas, mas é mentira, os organizadores falaram que foi muita gente. A gente vê que o pessoal ainda é muito mal informado, muito manipulado ainda pela velha mídia. Quem se informa por canais alternativos têm uma visão correta das coisas”, esclarece Alexandre.
Em conversa com apoiadores durante a motociata, Alexandre diz que a população reconhece que o governo federal não teve culpa diante da crise que atingiu Manaus no enfrentamento da pandemia da Covid-19, algo que a imprensa, artistas e políticos tentam transferir a responsabilidade ao Governo Federal, mesmo com todo apoio e envio de recursos para os Estados e municípios.
“O estado do Amazonas sempre teve muita carência na questão da saúde. São décadas de má administração, de roubo, desvio, que vieram desde a época do Eduardo Braga, do Omar Aziz, chegando até hoje. Então estava escrito que iria acontecer isso. Há uma questão de desinformação e manipulação da notícia”, analisa Alexandre que não acredita nas pesquisas e acha imprescindível o voto auditável .
Fonte: Deputado Federal Filipe Barros e Carla Zambelli
Fotos: Alexandre Ramos de Toledo, Michelle Casali e divulgação
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