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Uma data marcada por lutas e grandes conquistas

Foto do escritor: Márcia CasaliMárcia Casali

Atualizado: 15 de abr. de 2021


Cada vez mais as mulheres ocupam posições de destaque na sociedade realizando com competência, tarefas antes ocupadas apenas por homens. Vale lembrar que a grandeza está no mérito e não na disputa, uma visão defendida pelo feminismo.

A luta da mulher em busca de respeito por sua dignidade pessoal, profissional e social é antiga. Em 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, cansadas do sistema desumano de trabalho, com jornadas de até dezesseis horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais, entraram em greve. Era a primeira greve conduzida somente por mulheres norte-americanas.


Reprimidas de forma violenta pela polícia e donos da empresa, cerca de 130 operárias foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada matando todas elas. No ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, a data 8 de março passou a ser considerado o “Dia Internacional da Mulher”. Em 1975, um decreto oficializou a data pela Organização das Nações Unidas (ONU), desde então, anualmente ocorrem comemorações mundial em homenagem as mulheres.


Na antiguidade a mulher era vista simplesmente como reprodutora. No mercado de trabalho sempre exercia papéis de menor relevância, ganhando salários inferiores aos homens. No século 21 a posição da mulher na sociedade vem sofrendo grandes transformações no contexto mundial. Não há mais restrições e a mulher ocupa cargos de destaque na sociedade.



É o caso da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, à frente do Programa Pátria Voluntária, que já beneficiou mais de 473mil pessoas em todo país. Criado em 2019, pela Presidência da República, tem como objetivo incentivar o voluntariado no Brasil, e apoiar os cidadãos em situação de vulnerabilidade - povos e comunidades tradicionais (PCT´s), idosos, crianças e adolescentes, migrantes/refugiados, pessoas com deficiência e mulheres.

Devido a pandemia resultante do Covid-19, o programa Pátria Voluntária criou o projeto Arrecadação Solidária. Uma parceria entre a Casa Civil da Presidência da República e a Fundação Banco do Brasil, responsáveis por arrecadar doações e direcionar a organizações de todo País.


Sempre participativa, com ações sociais e humanitárias, Michelle Bolsonaro incentiva a utilização da linguagem de libras em todos os programas do governo, e assim facilitar a comunicação com o público com deficiência auditiva.


Ela ressalta sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e dos cuidados para com a saúde auditiva. Além de realizar campanhas de doação de sangue, ela trouxe visibilidade sobre doenças raras e lançou a campanha “Seja um Voluntario Raro”. Uma iniciativa do Programa Pátria Voluntaria, com a proposta de facilitar e engajar os brasileiros em uma rede de voluntariado que atenda famílias e pacientes raros.


“A melhor forma de ajudar é compartilhar informação e fomentar o conhecimento sobre as doenças raras existentes no mundo, combatendo o preconceito e apoiando os pacientes e familiares nesta situação”, afirma a primeira-dama em seu perfil pessoal.


Evidências científicas


Há um ano, devido à falta de informações, a humanidade parou diante de um vírus devastador. A imprensa noticiava diariamente o número de mortes ao redor do mundo, toda narrativa criada gerou pânico e depressão. De acordo com a Dra Raissa Soares, especialista em Clínica Médica, com pós graduação em Medicina da Família, Emergência e Terapia Intensiva, não é correto colocar medo no coração das pessoas. A médica complementa que nada na medicina é 100%, mas é preciso fazer de tudo para não adoecer, e se adoecer, uma das formas indicada de tratamento é a profilaxia.


Dra Raissa ganhou destaque no país, e foi perseguida pelos meios de comunicação e especialistas, por defender o tratamento precoce contra o Covid-19. O procedimento se baseia no estudo do médico Vladimir Zelenko que propõe tratamento com hidroxicloroquina, zinco e azitromicina. Desacreditado por não haver comprovação científica ele afirma que: "Eu prefiro viver empiricamente do que morrer cientificamente."

“O que a gente fazia há um ano atrás era pura ousadia. A gente não tinha a sustentabilidade científica de que realmente aquilo era o ideal. Mas estavam morrendo muitas pessoas. Só que tudo o que a gente foi fazendo, a gente foi vendo e colhendo resultados (...) Continuamos salvando vidas”, afirma Dra Raissa.


Em vídeo em seu perfil pessoal, na sexta-feira (05), a médica apresenta a publicação de um documento de 117 páginas, com 124 referências bibliográficas que sustenta o tratamento precoce. Fizeram parte da pesquisa: Dra Ruth Costa, pós doutora em Harvard; Dr Ricardo Zimmermann, infectologista; Dr Bruno Campelo, psicólogo e formador de opiniões com evidências científicas, e Dr Francisco Cardoso, infectologista referência no Ministério da Saúde.


“Nós temos total sustentabilidade do nosso tratamento, do que nós fazemos, daquilo que a gente está pensando, das políticas públicas, daquilo que a gente está executando nos nossos consultórios, nos pronto atendimentos, nos PS, nas UPAS, e nos nossos centros de Covid. Estamos sustentados por evidências científicas para prosseguir com o nosso trabalho”, ratifica.


A prefeita de Bauru


Suéllen Rosim (Patriota), é a primeira mulher eleita prefeita de Bauru, cidade do Centro-Oeste Paulista. Durante a campanha, a prefeita foi atacada nas redes sociais com ofensas racistas, o que agravou após as eleições, pois o agressor enviou e-mail com ameaças de morte. Identificado, o acusado foi liberado após prestar depoimento e afirmou que o objetivo das postagens era apenas "despertar uma discussão".


Em janeiro, Suéllen cumpriu agenda oficial em Brasília e reuniu-se com ministros, secretários e com o presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião apresentou as demandas do município, em especial na área da saúde e de estrutura. Com a ministra Damares Alves tratou da criação de uma unidade da ‘Casa da Mulher Brasileira’ em Bauru, para atender mulheres em situação de violência ou de vulnerabilidade.


A agenda oficial da prefeita desagradou o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), que a acusou de negacionista e de fazer vassalagem para o presidente Jair Bolsonaro, ao invés de proteger a população. Desde então, Suéllen realiza lives em seu perfil pessoal, para prestar contas à população, e esclarecer as dificuldades de diálogo com o governo do Estado que não tem cumprido o seu papel.


Segundo Suéllen, o governador realizou uma reunião do Estado e não a convidou. Na ocasião foi anunciado a ativação de 112 novos leitos, mas a promessa não saiu do papel. “Não houve nenhuma movimentação de leitos aqui. Em contrapartida o ministério da saúde tem sempre nos atendido, diante da situação, naquilo que lhe compete. Conseguimos respiradores (...) consegui a doação de 10 monitores. Não tem guerra política, tem um clamor de alguém que está pedindo, implorando para que nós sejamos atendidos” afirma a prefeita que está montando leitos de UTI no Pronto Socorro Central.


Correspondente internacional


O Japão optou por uma estratégia diferente no combate ao coronavírus, que é aprender a conviver com o vírus, sem paralisar as atividades sociais e econômicas. De acordo com especialistas, grande parte das doenças infecciosas não podem ser eliminadas.


A brasileira, correspondente no Japão do jornal My Right News, Cíntia Alessandra Essu Nagai, afirma que a vida no país não mudou por conta da pandemia. Casada, mãe de 2 filhos, de 8 e 10 anos, ela conta que nos primeiros meses foi necessário reformular o dia a dia, pois é hábito da família ir a parques e praias nos finais de semana. Mas que observou muita interação de outras atividades dentro de casa.


“Como aqui a vida não parou, continuo a trabalhar normalmente e as crianças também vão à escola como de costume. Apenas temos que cumprir alguns protocolos de restrição”, diz. O país adotou recomendações de saúde pública para conviver com o vírus, dentre as exigências comuns como o uso de máscara e lavar as mãos, a regra é evitar lugares com pouca ventilação e aglomeração, além de ambientes fechados com pessoas falando alto.

De acordo com Alessandra, a população ainda não foi vacinada, apenas os profissionais da linha de frente. Os japoneses tem muitas reticências quanto as vacinações e são muito desconfiados. Por isso o governo realiza campanhas para incentivar o povo. A previsão é iniciar em meados de março a vacinação dos idosos acima de 65 anos.


Quanto a lição que ficará para a humanidade, ela destaca que a vida é preciosa, e devemos cuidar dela da melhor maneira possível. Seja em cuidados redobrados no dia a dia, para manter a saúde física intacta, ou ser otimista e resiliente para não colapsar a saúde mental, além de manter a fé para fortalecer a saúde espiritual.


“Neste mundo que estamos vivendo, de incertezas e inseguranças, o que precisamos buscar são exatamente estas coisas: certeza e segurança. E na concepção da minha crença, afirmo que, uma certeza é de que existe um Deus que cuida de nós e nos assiste. E a segurança que precisamos ter é a fé”, afirma.


Resiliência

Na mídia brasileira, Mayra Alves é considerada uma profissional de destaque pela competência e profissionalismo. De família com descendência Italiana, ela fala com orgulho da cidade onde vive seus pais, Monte Sião, situada no Sul do estado de Minas Gerais, conhecida como a Capital Nacional do Tricô.


A mineira escolheu viver em São Paulo, primeiro por acreditar que o jornalista precisa estar em grandes centros. E o outro motivo é estar perto do time do coração. “Eu sou Palmeirense, eu sou a quarta geração de Palmeirense, e eu queria estar ali perto do meu clube, porque eu queria acompanhar o futebol, e fazer jornalismo para entrar na área esportiva”.


Antes de cursar comunicação social, Mayra estudou Filosofia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ela conta que no dia da matrícula um cartaz chamou a atenção de sua mãe. Alunos comunistas tiraram fotos de um rapaz que usava um tênis Nike. Para eles era um absurdo um estudante de universidade federal, da área de humanas, usar um tênis de marca.


Mayra observa que a maioria dos estudantes de universidades federais são pessoas que sempre estudaram em escolas particulares, e tem apoio financeiro da família para morar em outra cidade, um sinal de que a hipocrisia mora dentro do campus.


Após indicação de amigos, Mayra foi trabalhar na editoria de esportes, mas percebeu que é um meio tão insalubre quanto a política. A frustração veio quando ela conheceu os pormenores, então decidiu pela área que tinha afinidades antigas, o jornalismo político.

Há dez anos residindo em São Paulo, entende que esse período de pandemia inspirou as pessoas a se reinventarem, ainda mais com as dezenas de decretos do governo do Estado e prefeitos. Se não bastasse o intermitente lockdown, o governo também decidiu pelo toque de recolher das 22h às 5h.


“Por isso a gente tem que se reinventar, e foi o que aconteceu comigo, e com tantas outas pessoas no meio da pandemia. De reinventar e usar a internet como nosso maior instrumento. Já que a gente não pode ter contato físico, então a internet é nosso instrumento".


De acordo com dados de pesquisadores da Fiocruz, depressão, ansiedade e estresse aumentam durante a pandemia. O alerta reforça a necessidade de cuidados com a saúde mental, tendo em vista as mudanças bruscas na rotina da população.

“Nesse momento a gente tem que crer em alguma coisa. Eu chamo de Deus, tem gente que chama de universo, e etc. A gente ter fé em alguma coisa e focar naquilo. Deixar os pensamentos pesados e contrários de lado e focar no que realmente importa”, finaliza.


Fonte: Pátria Voluntária; Fio Cruz Brasília; Prefeitura de Bauru

Fotos: Divulgação


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Contato: marciacasalli@gmail.com

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©2021 por Jornalista Márcia Casali.

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