
"Ainda bem que a natureza, que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus". Percebemos que algo está fora de controle quando um ex-presidente faz a seguinte afirmação, e a extrema imprensa se esforça para provar que a intenção foi apenas criticar aqueles que defendem a diminuição do Estado e as privatizações. O sofrimento dos infectados, e a dor das famílias que perderam seus entes queridos parece não importar para alguns. E vivemos em uma época em que governantes se aproveitam do sofrimento para fazer políticagem.
Ao tomar conhecimento de uma pandemia, fator deveras estressante, o medo e a ansiedade afetam a qualidade de vida das pessoas, causando danos à saúde, não apenas físico, como mental. Em uma rápida retrospectiva, o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, foi confirmado em São Paulo, no dia 24 de fevereiro de 2020, no período de Carnaval. O homem de 61 anos, que não teve sua identidade revelada, deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein, três dias após chegar de uma viagem a Itália.
Vale lembrar que no dia 3 de fevereiro de 2020, mesmo sem casos confirmados no Brasil do Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro decretou “emergência de saúde pública em território nacional”, tendo como base o avanço da doença na China, que na época já registrava 20 mil casos de infectados e 426 mortes, além dos países que também reportaram casos de infectados.
Diante dos fatos narrados, era necessário cancelar o Carnaval, mas o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista à Rádio Bandeirantes, informou que não havia motivos para pânico, pois ainda não era possível saber como o vírus se comportaria no país. “Preocupa sim o Carnaval [...] Não existe recomendação específica. A recomendação é lavar as mãos, fazer o máximo de higiene [...] Não tem como a gente parar a vida", explicou. Amparados pela premissa os gestores das maiores cidades do País não cancelaram o Carnaval.
Eventos adversos graves
Se hoje não é permitido falar abertamente sobre os imunizantes, no início da pandemia o assunto proibido era relacionar o vírus a China. De acordo com reportagem da Reuters, em Xangai, o primeiro caso de infecção pode ter surgido em outubro de 2019, e não em dezembro como foi noticiado; é o que diz um estudo da Universidade de Kent, no Reino Unido.
O pesquisador Jesse Bloom, do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, nos Estados Unidos, recuperou informações que haviam sido deletadas de uma base de dados, a pedido de pesquisadores chineses. Segundo os mesmos, as informações seriam atualizadas e enviadas a outra base de dados.
Voltando ao tema vacinas, ‘proibido’ no Brasil e no mundo, o Ministério da Saúde tem realizadoa tão cobrada campanha de vacinação. O país ocupa o 4ª lugar no comparativo geral, com a marca de aproximadamente 100 milhões de pessoas imunizadas.
O mundo aguardou confiante pela produção das vacinas. Esperança/temor para muitos, pois alguns detalhes não estão claros, dentre eles os eventos adversos graves, principalmente aqueles que evoluem para óbito. Tanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), quanto as agências internacionais, trabalham com a seguinte informação: ‘De um modo geral, a maioria dos eventos adversos graves com associação temporal às vacinas são apenas eventos coincidentes, não correspondendo a eventos causados pelos imunizantes’.
Em caso de sintomas como cefaleia, febre, mialgia, náuseas ou vômitos e indisposição, a recomendação é procurar assistência médica imediatamente, além de informar a vacina para que o caso seja notificado e investigado, seguindo o fluxo estabelecido pelo Protocolo de Vigilância Epidemiológica e Sanitária dos Eventos Adversos Pós-vacinação. O sistema para notificação, definido entre a Anvisa e o Ministério da Saúde, é o e-SUS notifica, no campo Evento Adverso.
Merece atenção os casos que estão ocorrendo, não só no Brasil, como o da adolescente de 16 anos, de São Bernardo do Campo (SP), que veio a óbito sete dias após ser imunizada. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a causa não pode ser atribuída a vacina, mas a uma doença autoimune.
Em entrevista a Agência Brasil, o infectologista do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), Eder Gatti, afirmou que as vacinas em uso no país são seguras, mas que, os eventos adversos pós-vacinação podem acontecer. “Na maioria das vezes, são coincidentes, sem relação causal com a vacinação. Quando acontecem, precisam ser cuidadosamente avaliados”, explica.
Para as famílias, resta a dor pela perda dos seus, sem ao menos ter a confirmação das causas do óbito? Tais eventos adversos podem ser evitados? Como ficam os casos dos indivíduos que optam por não vacinar? Por que discutir o tema é proibido e quem o faz é perseguido, tem perfis derrubados e publicações consideradas como ‘boato’ pelas agências de checagem?
A situação causa temor e desconfiança, e com razão, pois a transparência nos fatos precisa acontecer. Recentemente, Kyrie Irving, astro do Brooklyn Nets na NBA, foi punido por não vacinar, e em suas redes sociais defendeu sua liberdade individual. Já Allison Williams, repórter de futebol americano universitário da ESPN, deixou a TV após ordem de vacinação para todos os funcionários - ela deseja engravidar sem riscos. Quem afirma arrependimento em ter recebido o imunizante, é o tenista francês,Jeremy Chardy, que optou em abandonar a temporada por complicações pós imunização.
O mundo parece caminhar a passos largos para uma ditadura vacinal. Nos Estados Unidos, um comitê de especialistas da Food and Drug Administration (FDA), um órgão semelhante a Anvisa no Brasil, recomendou que os reguladores autorizassem a vacina da Pfizer-BioNTech para crianças de 5 a 11 anos. Aproximadamente, 28 milhões de crianças serão imunizadas. Segundo funcionários do governo Joe Biden, a intenção é mostrar que o presidente está fazendo o possível para combater o vírus e desenvolver tendências positivas.
Não apenas nos Estados Unidos, como em outros países, reguladores estão aprovando imunizantes para as crianças, algo que o governo mexicano tem resistido, apesar da ordem judicial recebida. A agência de segurança médica do país concedeu à Pfizer-BioNTech a autorização de uso emergencial para crianças a partir dos 12 anos. O governo afirma que prefere adiar a vacinação de crianças saudáveis até que as vacinas sejam comprovadamente seguras para elas.
Singapura é um exemplo de que a imunização não impede a contaminação do novo coronavírus. Com mais de 80% da população imunizada, o país voltou a registrar aumento de casos e internações no mês de setembro. De acordo com a Graphics Reuters, o número médio de infecções atinge um novo recorde, são mais de 3.600 diariamente. A estratégia é continuar com o uso de máscaras, limitações de viagens e distanciamento físico e social até 2024.
Manifestações pela liberdade

No Brasil, a Fiocruz defende o passaporte da vacina como “política pública de estímulo à vacinação e proteção coletiva”. Alguns Estados estão acatando a ideia, como por exemplo Londrina, onde o prefeito Marcelo Belinati (PP), exige a vacinação dos servidores municipais, e já cogita o passaporte sanitário. Em Salvador, o prefeito Bruno Reis (DEM), avalia a obrigatóriedade do passaporte para que os foliões visitem a cidade no período de Carnaval em 2022.
Em Guarulhos, Fausto Martello, presidente da Câmara Municipal, assinou uma portaria que suspende os contratos de trabalho dos servidores e vereadores que não comprovarem vacinação. Ele determinou que uma relação com os nomes dos colaboradores, seja afixada em um local público. E na Paraíba, o concurso público para a Polícia Civil do Estado, não aceitará inscrições de candidatos não vacinados.

A medida tem gerado manifestações em todo país, mas a extrema imprensa atribui a liberdade de escolha como sendo um ‘movimento antivacina”. No último domingo (24), em várias capitais ocorreram atos contra o passaporte sanitário, e em solidariedade a dona Arlene Ferrari Graf, mãe do advogado Bruno Graf, que faleceu 10 dias após ser imunizado contra a Covid-19. A mãe tem o exame, Anti-Heparina PF4 Autoimune, realizado na Espanha, que comprova a relação de causalidade do imunizante com o óbito.
Ganhou destaque na imprensa a manifestação realizada na Itália (18), onde aproximadamente 10 mil pessoas protestaram contra o “passaporte verde”. A decisão do governo é exigir que os funcionários apresentem o passaporte sanitário, ou um teste negativo de coronavírus, na entrada de seus locais de trabalho.
Em Nova York (25), cerca de cinco mil trabalhadores municipal protestaram em marcha pela ponte do Brooklyn em direção a Manhattan, contra o mandato de vacina do prefeito Bill de Blasio. Caso não sejam vacinados, os mesmos serão colocados de licença e sem vencimentos. Anteriormente, apenas funcionários do Departamento de Educação e trabalhadores de saúde da cidade eram obrigados a ser vacinados contra Covid-19.
Em entrevista ao New York Post, a bombeira, Sofia Medina, desabafou: “Agora, [depois] de trabalhar após inúmeras emergências - o furacão Sandy, as tempestades de neve - estou sob ameaça. Estamos sob ameaça de perder nosso sustento por simplesmente mantermos a opção de proteger nossos corpos”.
Informações complementares
Nos Estados Unidos quem fornece os relatórios de eventos adversos vacinais - novos, incomuns ou raros - é a Vaccine Adverse Event Reporting System (VAERS). Um sistema nacional de alerta precoce para detectar possíveis problemas de segurança em vacinas licenciadas no país.
Relatório realizado em 15 de outubro apresenta: Eventos adversos: 818.042; Hospitalizações: 83.412; Casos urgentes: 92.017; Paralisia de Bell: 10.179; Miocardite: 10.304; Ataques cardíacos: 8.408; Abortos espontâneos: 2.631 e Mortes: 17.128
Na Suíça o governo está exigindo o passaporte sanitário, com validade de um ano, disponível após tomar a segunda dose da vacina. Para quem teve Covid, pode apresentar um atestado médico comprovando a imunidade, válido por 180 dias. Além do exame de RT-PCR que é válido de 48h a 72h, dependendo da finalidade.
Quanto aos relatórios de eventos adversos, quem forneceé a Swiss Medic. A última atualização, realizado em 12 de outubro, apresenta 8.757 notificações de casos de suspeitas de reações adversas às vacinas Covid-19. Um total de 2.978 (34%) relatos, mencionaram efeitos colaterais sérios. Sendo 65% relatos de mulheres e 31,1% de homens.
No relatório, emitido a cada 15 dias, observa-se que, o número elevado de declarações de casos graves, está relacionado ao imunizante Spikevax® (Moderna), um total de 1 841 (61,8%).

Manifestação em Recife

Manifestação em Blumenau

Manifestação em Goiânia

Manifestação em Recife

Manifestação em Belo Horizonte

Manifestação em Curitiba

In memoriam Bruno Oscar Graf
#saude #imunizacao #manifestacoes #reacoes adversas
Fonte: Agência Brasil; Ministério da Saúde; Notifica Saúde; Diário Oficial; Fio Cruz; Swiss Medic; Open VAERS; New York Post; The New York Times e Graphics Reuters
Imagens: Divulgação
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